TESTE DA “ORELHINHA” 08/10/2012 - 16:00

Teste da Orelhinha


Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. O bebê já escuta desde bem pequeno, antes mesmo de ser erguido pelo doutor em sua apresentação ao mundo.

É através da audição e da experiência que as crianças têm com os sons ainda na barriga da mãe que se inicia o desenvolvimento da linguagem. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.

O teste é simples, seguro e indolor. Conhecido cientificamente como Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas, é realizado pelos fonoaudiólogos no próprio hospital, nos primeiros dias de vida do bebê. O exame é realizado durante o sono do recém-nascido, sem incomodá-lo, e não dura mais do que 10 minutos. Consiste na aplicação de uma sonda no ouvido, conectada a um computador, que emite sons de fraca intensidade e capta a resposta das células.

Segundo dados do NCHAM - National Center for Hearing Assesment and Management, da Universidade de Utah (EUA), a deficiência auditiva em recém-nascidos tem uma incidência alta, de 30(trinta) crianças em 10 mil nascimentos, em comparação a algumas doenças identificadas pelo teste do pezinho, como a anemia falciforme (2 em 10 mil) ou a hipotireoidismo (2,5 em 10 mil) já em bebês de UTI Neonatal, pode se chegar até a 60(sessenta) em cada 10 mil recém-nascidos, isso comprova a importância de se realizar o teste, como parte do processo de triagem auditiva neonatal.

Há os chamados bebês de risco para a surdez. São os casos em que já existe um histórico de surdez na família, intervenção em UTI por mais de 48 horas, infecção congênita (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovirus e herpes), anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina), fez uso de medicamentos ototóxicos(antibióticos), entre outros.

Após essa triagem, se alguma anormalidade for encontrada, novos exames devem ser feitos para a confirmação e correta identificação do problema e início do tratamento.

O ideal seria a identificação da deficiência auditiva até o primeiro mês de vida. No Brasil, é difícil determinar a média da idade em que isso ocorre, pois há muitas variações regionais e, por se tratar de uma lei recente, que não é cumprida em sua totalidade, os diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança está seriamente comprometido.

O Hospital Regional do Sudoeste (HRS), cumprindo a Lei Federal nº 12.303 de agosto de 2010 e a Lei Estadual nº 14588 de dezembro de 2004, realizada o exame em todos os bebês nascidos vivos em suas dependências.

O serviço iniciou em abril de 2011, juntamente com a abertura da Maternidade e da UTI Neonatal do hospital. Desde então, já foram realizados mais de 340 exames. Vale salientar que o HRS apenas realiza a triagem dos recém-nascidos e, sendo constatado qualquer alteração de audição, os RN’s são encaminhados para realização de exames mais complexos em Cascavel.

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