Servidores do Hospital Regional discutem qualidade e segurança do paciente 04/11/2015 - 16:20
Eduardo Cioatto, Nádia Vissotto, Maria Helena Werlang e Mônica Pereira.
"Não existe risco zero em se tratando de assistência à saúde." A frase da gestora de segurança do paciente do Hospital Regional do Sudoeste, Maria Helena Werlang, compila bem o objetivo do 1º Encontro do Comitê de Qualidade e Segurança do Paciente, realizado na última semana com os funcionários da instituição, e o trabalho deste órgão interno ao hospital.
Todos, desde a recepção até o médico-cirurgião, contribuem direta ou indiretamente para a qualidade de vida e segurança das pessoas que se submetem ao hospital. "No erro de medicação, por exemplo, é preciso desenvolver mecanismos que façam com que, nas várias etapas relacionadas à medicação [prescrição, liberação, administração do fármaco], possa ser verificado que está havendo erro e que se possa bloquear para não chegar até o paciente", pontua Maria.
Formado em 2012, o comitê de profissionais das diversas áreas do hospital segue seis protocolos do Ministério da Saúde e da Secretaria do Estado da Saúde. O primeiro é garantir a identificação correta do paciente; o segundo é melhorar a comunicação entre profissionais da saúde; o terceiro é melhorar a segurança na prescrição e no uso e na administração de medicamentos; o quarto é assegurar com segurança o local de intervenção do procedimento do paciente correto; o quinto é higienizar as mãos para evitar infecções; e o sexto é reduzir o risco de quedas e úlceras por pressão.
O HRS tem até o início de 2016 para implantar todos os protocolos, de acordo com o que o Ministério da Saúde e a Anvisa preconizam. "Agora o hospital está privilegiando aqueles que a gente considera de implantação imediata, que são o de identificação do paciente, higienização de mãos e o de queda e úlceras por pressão", esclarece a assistente social Mônica Pereira, coordenadora do comitê.
Para Mônica, o desafio do comitê é mostrar aos trabalhadores do HRS que a questão da qualidade de vida e segurança dos pacientes vai além dos protocolos. "Quando a gente fala em qualidade e segurança do paciente, a gente não fala de seguir só o protocolo de saúde, mas entender o que é a humanização, qual é o nosso processo enquanto ser social, como nós podemos ser importantes nesse processo da família, do paciente", frisa.
Bom também para a gestão hospitalar
De acordo com o diretor-geral do HRS, Eduardo Cioatto, a implantação de comitês de qualidade e segurança do paciente será obrigatória aos serviços hospitalares. "Inclusive, é um dos critérios futuros pra liberação da licença sanitária dos hospitais. Então o hospital vai ter que se adequar a uma política de qualidade e segurança do paciente e garantir desde a pesquisa de satisfação e monitoramento de qualidade, supervisão da hotelaria e do serviço, a cirurgia segura, uma série de itens de segurança em que você vai propiciar ao paciente maior segurança e maior qualidade na assistência médica", comenta.
Além de melhorar a assistência à saúde, a padronização dos processos oferecida pelos protocolos vai trazer benefícios para a gestão do HRS. "Na visão do gestor, a qualidade do atendimento e a segurança do paciente evitam várias situações: desperdícios de recursos, padroniza processos de trabalho e garante uma finalização do atendimento, de onde o paciente possa sair com a maior satisfação. E acaba protegendo a equipe que trabalha na instituição porque fornece protocolos a serem seguidos, são padronizadas as ações, o que formaliza o atendimento."