Medida administrativa do governo gera onda de confusão em redes sociais 12/03/2014 - 09:40

O diretor geral do Hospital Regional de Francisco Beltrão, Eduardo Cioato, divulgou nos meios de comunicação, ontem, 10, que a informação que circulou pelas redes sociais de que o estabelecimento de saúde está fechando leitos de UTI neonatal não são verdadeiras. Na verdade, o que está acontecendo é uma regularização dos dez leitos existentes. “A portaria que foi emitida de fato fala que sete leitos estão sendo descredenciados, mas isso é uma mera medida administrativa. Porque ao mesmo tempo estão sendo credenciados dez leitos de UTI neonatal, ou seja, estamos ganhando três leitos.”

De acordo com ele, em nenhum momento o hospital deixará de prestar o atendimento. Desde agosto do ano passado, o HR está suprindo toda a demanda dos 27 municípios que compõem a área de abrangência da 8ª Regional de Saúde. “Nossa UTI está sempre lotada e há dias como hoje (ontem) que estamos com 12 crianças internadas. Temos que abrir leitos extras, chamar profissionais do plantão e esperar até o SUS abrir vagas em outra cidade ou em nossa própria UTI.” Eduardo afirma que esse atendimento improvisado, acima da cota de credenciamento, não é remunerado pelo Governo.

O diretor do Hospital Regional salienta que os dez leitos de UTI neonatal são suficientes para atender a necessidade, contudo, há previsão para abrir dez novas vagas de Unidade de Cuidado Intermediário neonatal (UCI), que acolhe recém-nascidos que necessitam de atendimento médico, mas não podem, por algum motivo clínico, permanecer no alojamento conjunto com a mãe após o parto. Como o próprio nome diz, é um atendimento intermediário entre o leito normal e a UTI. Para implantar esse serviço, ele informa que há necessidade da contratação de pelo menos 30 profissionais, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem. Eduardo está otimista que o concurso público possa ser aberto ainda este ano, mas como há o período eleitoral, o governador teria que autorizar e homologar o processo seletivo ainda no primeiro semestre.

 

UTI pediátrica

Outra grande necessidade da região é a implantação de uma UTI pediátrica. O HR tem projeto para abrir dois leitos nesta especialidade. A quantidade, à primeira vista é pequena para atender toda a região Sudoeste, mas, segundo Cioato, a cada 100 crianças que precisam de UTI neonatal, apenas uma precisa de UTI pediátrica. “Portanto, a nossa necessidade na região é pelos leitos de UTI neonatal.” Conforme disse, o custo para se manter um leito de UTI neonatal é muito alto. Para manter os atuais dez leitos de UTI, conforme determina a legislação, o hospital precisa manter uma equipe de 75 profissionais de diversas áreas. “Para termos dois leitos de UTI pediátrica vamos precisar pelo menos dez técnicos de enfermagem, cinco enfermeiros e cinco médicos. São profissionais que não dispomos no momento e que também dependem de abertura de concurso público”, frisa.

 

Obras Previstas

A expectativa é de que o Governo do Estado autorize, ainda neste ano, as obras de reformas e ampliação no HR. O orçamento inicial prevê uma obra de três mil metros quadrados e investimento próximo de R$ 4 milhões. O projeto prevê obras na UTI, UCI, central de materiais esterilizados, lavanderia, hemodinâmica, almoxarifado, serviço arquivo médico, armazenamento de água, gerador de energia e laboratório. Eduardo Cioato salienta que o Hospital Regional assumiu um papel importante na região e precisa se adequar à nova realidade. Hoje, a casa hospitalar atende mais pacientes – via central de leitos – do que o Hospital São Francisco. “Se consultarmos o sistema vamos perceber que de 17 de fevereiro até 10 de março, nós recebemos 260 pacientes enquanto o Hospital São Francisco recebeu 250.”

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