Hospital Regional será referência em odontologia para o Paraná 05/10/2012 - 17:20

Equipe de odontologia do HR: Dra. Suellen Trentin Brum, Dr. Alcion de Abreu Jr, Dr. Vinicius Gomes e Dr. Paulo Sérgio Minussi.


O atendimento odontológico do Hospital Regional do Sudoeste já é referência para a região e, a partir de agora, passa a ser exemplo para todo o Paraná. Uma nova lei da deputada Luciana Rafagnin (PT) estipula que todas as UTI's precisam de um profissional de odontologia e, em virtude do bom serviço prestado, o Hospital Regional do Sudoeste (HRS) servirá como escola para os profissionais da área que trabalham no Paraná.

Atendendo, em média, 70 pacientes de alta complexidade mensalmente, o HRS trabalha sempre com equipe composta por dentistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais. "Ficou estipulado pelo Conselho Regional de Odontologia [CRO] e pela Secretaria de Saúde que os locais para fazer esses treinamentos seriam o Hospital Regional do Sudoeste e o Hospital do Trabalhador, de Curitiba. Nós vamos fornecer treinamento para todos os profissionais de odontologia do SUS e da Secretaria de Saúde do Paraná, para que eles possam fazer esse atendimento", destaca Alcion de Abreu Jr, chefe do serviço odontológico do HRS.

Os treinamentos vão ser ministrados de terça a sexta, com uma carga horária dividida em 70% prática e 30% teórica. "Serão 12 horas de trabalho intensivo por dia. Eles vão ser treinados por toda nossa equipe que vai dar uma visão geral do que é feito aqui. O Dr. Badwan vai dar aula sobre cirurgia geral e suporte básico de vida; a Dra. Páscoa Minussi vai falar sobre anestesia geral e sedação; O Dr. Cláudio Veronese sobre anti-coagulados, clinica médica e odontogeriatria; O Dr. Paulo Fortes vai dar aula sobre UTI e nefrologia; e, o Dr. Aryzone Mendes de Araújo Filho sobre tratamento de feridas. Eu vou montar a parte odontológica da parte médica", explica Alcion. Cerca de 50 alunos só esperam a regularização do curso para iniciar a primeira turma.

O hospital já fez 768 consultas e 318 procedimentos sob anestesia geral com pacientes de alta complexidade, indicados por profissionais da região. A fila de espera é de aproximadamente quatro meses. Além disso, os internados também passam por tratamento odontológico. "Fazemos a higienização da boca, com limpeza, profilaxia e cuidados durante o período que ele estiver dentro do hospital. A boca é um foco de infecção bastante grande, podendo contaminar pelo ar ou pelo tubo, por exemplo. Por isso, entramos com esses protocolos para prevenir isso".


Como é o atendimento?

Na região, o trabalho começou com a capacitação de mais de 200 profissionais de odontologia, onde se mostrou quais os pacientes que precisariam ser encaminhados para o HRS. "Fazemos a pré-consulta, a triagem, avaliação pré-anestésica e marcamos a cirurgia. Isso funciona dentro de tudo o que a gente tem no hospital. Temos as interconsultas e trabalhamos dentro da UTI", destaca. O atendimento é feito com cardiopatas, hipertensos, diabéticos, síndrome de down, autistas ou pacientes com paralisia cerebral, que precisam de anestesia geral

"Eles são mais agitados e não compreendem muito bem o que ele passa no tratamento odontológico, a necessidade do tratamento dentário. Eles também podem se assustar diante de tudo o que acontece e pode levar a algum acidente, alguma complicação pós-tratamento. Por isso, é bastante importante esse respaldo que nós temos do sistema hospitalar de todo o atendimento", explica Alcion.

Toda a equipe do HRS foi capacitada e, hoje, o atendimento é considerado melhor do que particulares. "A equipe de enfermagem, de fisioterapia e do centro cirúrgico estão todas muito bem treinadas. Se levamos isso para outros lugares já começamos a bater cabeça. O anestesista é treinado para isso, o pessoal da equipe de enfermagem é treinado porque fazemos muito. A gente faz de quatro a cinco por semana. Hoje, o melhor lugar para ser tratado é o Hospital Regional do Sudoeste".

O objetivo, no futuro, é tornar o município referência nacional. "Hoje existem grandes centros de tratamento no país. Nós temos a intenção de criar aqui em Beltrão um grande centro de odontologia hospitalar. Hoje já somos os melhores do Estado e, quem sabe daqui dois, três, cinco anos, já consigamos fazer isso em nível nacional", estima Alcion.

O trabalho do Hospital Regional já foi apresentado na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde foi certificado internacionalmente.

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