Hospital Regional aplica palivizumabe gratuitamente 23/04/2015 - 16:50

Palivizumabe

A enfermeira Ana Bertoto aplicou o palivizumabe em Maria Vitória Scariotto Stephaneus. O Hospital Regional faz as doses gratuitamente para proteger bebês prematuros de doenças respiratórias.



O Hospital Regional do Sudoeste (HRS), em Francisco Beltrão, é um dos polos regionais do Paraná na aplicação do palivizumabe, um medicamento para aumentar a proteção de bebês prematuros contra a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VRS). Com equipes que também vão até Pato Branco para levar a medicação, o HRS está preparado para atender os pacientes dos 42 municípios da região.


Palivizumabe

Os bebês internados na UTI também recebem a medicação.

O medicamento é aplicado gratuitamente e é disponibilizado pelo Governo do Estado para o Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede particular, a dose pode chegar a R$ 6 mil, sendo que o tratamento é indicado para bebês prematuros, com cardiopatia congênita ou doença pulmonar crônica da prematuridade, de acordo com protocolo nacional.

A aplicação do medicamento é feita entre os meses de abril e agosto. O objetivo é assegurar aos bebês a proteção durante o período de maior circulação do vírus sincicial no Paraná. De acordo com Ministério da Saúde, tem direito a receber uma ou mais doses do palivizumabe: crianças menores de um ano de idade que nasceram prematuras - com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas; crianças menores de dois anos de idade, com doença pulmonar crônica da prematuridade; crianças menores de dois anos de idade com doença cardíaca congênita, com repercussão hemodinâmica demonstrada.

A pequena Maria Vitória Scariotto Stephanus nasceu com 28 semanas, então o pediatra indicou o medicamento para proteger a bebê. Ana Carolina, mãe de Maria Vitória, não hesitou em levá-la para fazer a aplicação do palivizumabe. "Optamos por prevenir a doença", enfatiza a mãe.

Palivizumabe

A técnica de enfermagem Elizabeth Carbonera, o diretor do HRS, Eduardo Cioatto, e a enfermeira Ana Bertoti.


Até agora, o HRS já vacinou 35 pacientes cadastrados, que poderão receber até cinco doses durante a campanha. "Ano passado nós medicamos em torno de 130 crianças, acreditamos que este ano a média será um pouco maior. O vírus circula nesta época e, por isso, são feitas as aplicações. A medicação também é feita nos nossos pacientes internados na UTI Neonatal", diz a enfermeira Ana Letícia Pinto Bertoti.

Este é o segundo ano que o hospital faz a aplicação gratuitamente. Para conseguir a medicação anteriormente, era preciso entrar com uma ação judicial ou adquirir de forma particular. Eduardo Cioatto, diretor do HRS, ressalta que as crianças são mais suscetíveis a contrair o vírus e desenvolver, por exemplo, uma pneumonia. "Esta medida do governo nos ajuda a reduzir o indicativo de mortalidade infantil. Sendo que este é o primeiro ano que nossa região tem uma média menor em relação ao estado de mortalidade infantil", frisa Eduardo.


A pediatra Kenny Rosa diz que a aplicação da medicação é importante para evitar vários internamentos futuros. "As doses dão mais segurança aos pais e para as pessoas que tratam os bebês. Nós tivemos grande adesão dos pais ao medicamento e também temos uma equipe que fez busca ativa desses bebês. Até agora, no Hospital, não tivemos problemas de trato respiratório", informa a doutora.


Mesmo se a criança não tiver indicação do palivizumabe, os pais devem tomar muito cuidado com os recém-nascidos, para isso pode-se garantir uma ventilação adequada dos ambientes, evitar aglomeração e visitas constantes, ainda mais se o bebê estiver doente, além de lavar as mãos com frequência.


Como solicitar o palivizumabe?


Para solicitar o medicamento, o responsável pelo bebê deve comparecer à Farmácia do Paraná de referência de seu município portando documentos pessoais da criança e receituário médico com indicação do palivizumabe e formulário específico preenchido.


 Quais os locais de aplicação?


O medicamento poderá ser aplicado no serviço hospitalar, caso o bebê esteja internado, ou em um dos oito Pólos de Aplicação em Curitiba, Campo Largo, Ponta Grossa, Francisco Beltrão, Cascavel, Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu. Nos casos indicados, o palivizumabe pode ser administrado em até cinco doses, a cada 30 dias, entre os meses de abril e agosto, período crítico para circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR).



 Quais são os critérios para receber o palivizumabe?


- Crianças menores de 1 ano de idade, que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas.

- Crianças menores de 2 anos de idade, com doença pulmonar crônica da prematuridade.

- Crianças menores de 2 anos de idade, com doença cardíaca congênita, com repercussão hemodinâmica.

- Crianças menores de 1 ano de idade, que nasceram prematuras com idade gestacional entre 29 e 31 semanas e 6 dias, e com menos de 6 meses no início da sazonalidade (abril). 

Fonte:Sesa

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