Bock, Furtado e Teixeira (2002, p. 23), concluem que: “Nossa matéria prima, portanto, é o homem em todas as suas expressões, as visíveis (nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) – é o homem-corpo, homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isto está sintetizado no termo subjetividade”.
Logo, este olhar do psicólogo, que vai além, que visa o resgate do humano é exercido em vários contextos. Perpassa os limites da clínica tradicional de consultório e avança para âmbitos cada vez mais variados, tais como: organizações, entidades e órgãos educacionais, instituições sociais, esportivas, jurídicas, do trânsito, da saúde, entre outras. Ressaltando que esta última configura, atualmente, um dos campos mais amplos e fecundos para a atuação do psicólogo.
Saúde Pública e Saúde Coletiva, Saúde Mental... na atenção primária, secundária e/ou terciária. Dentre todas essas possibilidades de atuação, destaca-se o trabalho do psicólogo em instituições hospitalares.
Emergente e em franca ascensão, esta área cria e recria incessantemente saberes e práticas que se destinam à promoção da saúde e da qualidade de vida de todos os envolvidos no processo de hospitalização, sejam pacientes, familiares ou membros das equipes de saúde. Estes três protagonistas relacionam-se num contexto permeado por angústia, sofrimento, conflito e tensão. E é justamente neste terreno minado que o psicólogo tece seu fazer, através da escuta, da acolhida, da orientação e da mediação.
Compreender e considerar que a hospitalização fragiliza, debilita, afeta e desestabiliza é tarefa do psicólogo. Porém, não somente do psicólogo, mas sim, de todos os que desenvolvem a sensibilidade frente ao sofrimento do outro, de todos aqueles que assumem a responsabilidade de servir ao seu semelhante com engajamento e doação e que se comprometem com a oferta de um atendimento, de fato, humanizado.
A Psicologia lhe convida a ser autêntico, a querer superar-se, a olhar para si mesmo, sem medo e com autocrítica: só mudamos aquilo que somos capazes de reconhecer. Entre mudar o outro e a você mesmo, qual o caminho mais fácil?
Parabéns a todos os psicólogos e psicólogas! Muito a comemorar, muito mais a fazer!